domingo, 2 de junho de 2013

Apresentação de trabalho científico no Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade da UNESP/Rio Claro

Apresentei no dia 30/05/2013 sob a orientação do prof. Dr. Emerson Franchini (EEFE-USP) o trabalho intitulado: Associação entre perfil morfofuncional, análise técnico-tática e percepção subjetiva de esforço em atletas de judô.

Segue o link da apresentação: http://www.slideshare.net/BraulioHenriqueMagna/associao-entre-perfil-morfofuncional-anlise-tcnico-ttica-e-percepo-subjetiva-de-esforo-em-atletas-de-jud-rio-claro-2013-22346316

Em modalidades esportivas nas quais os atletas são divididos pela massa corporal, existe a premissa de que minimizar a massa corporal gorda possa ser vantajoso, pois o atleta lutaria com oponentes de menor força relativa, ampliando a possibilidade de sucesso. Contudo, no judô, não existe consenso quanto à distinção de atletas de diferentes níveis competitivos quanto ao percentual de gordura. O objetivo deste estudo foi verificar a interação da composição corporal com o desempenho motor e específico no judô, e suas influências sobre as respostas perceptivas. Para tanto, oito atletas (22,8 ± 4,3 anos, 81,2 ± 20,2 kg) foram submetidos à avaliação da composição corporal por bioimpedância (Inbody 520®). O consumo máximo de oxigênio foi determinado por meio do protocolo com estágios de três minutos de duração, com velocidade inicial de 9 km/h, incremento de 1 km/h e inclinação fixada em 1% em esteira (Inbramed®). O teste foi mantido até exaustão voluntária, e a frequência cardíaca (FC) foi monitorada pelo monitor cardíaco (Polar RS800), os atletas indicaram sua percepção subjetiva de esforço (PSE) na escala de Borg de 6-20 (BORG, 2000). A coleta de gases para a determinação do VO2max foi realizada por ergoespirometria direta (COSMED®). Os atletas foram submetidos ao SJFT (Special Judo Fitness Test), que compreende três períodos de atividade de judô (A = 15s, B e C = 30s), intercalados com intervalos de 10s de recuperação, utilizando a técnica ippon-seoi-nage (Sterkowicz, 1995). A carga máxima dinâmica (1RM) foi quantificada no supino reto, remada 45º e agachamento. A resistência muscular dinâmica dos membros superiores foi avaliada por meio de repetições na barra com o uso do judogi (Franchini et al., 2011). Os combates foram filmados durante uma competição estadual e foram realizadas as análises técnico-tácticas e a PSE foi registrada no final de cada combate. Foram observadas as correlações: massa corporal gorda (MCG) total (r= -0,91) e relativa (r= -0,92) com o VO2máx; MCG relativa com a carga relativa do agachamento (r= -0,93); número de repetições no judogi relativo com a massa corporal gorda (r= -0,91); número de arremessos no SJFT e número de repetições de barras com o judogi (r= 0,94); número de barras com judogi relativo com a força máxima relativa no supino (r= 0,91); força máxima relativa no agachamento com o número de arremessos no SJFT (r= 0,92); força máxima relativa na remada 45º com o número de barras com o judogi absoluto (r= 0,93) e relativo (r= 0,91); PSE com tempos de aproximação (r= 0,71), pegada (r= 0,76), combate no solo (r= 0,70) e pausa (r= 0,79). Os achados trazem importantes indicativos sobre a forte relação negativa entre a MCG e o VO2máx e também sobre as fortes correlações positivas entre avaliações específicas com a força máxima relativa. Ademais, a PSE apresentou forte correlação com o tempo de esforço em combates e moderada relação com ações rápidas de ataque.